Publicado por: Revista Fato, em 05/04/2021 - Categoria: SAúDE E BEM-ESTAR
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UFV desenvolve equipamento que amplia proteção durante intubação de pacientes com Covid-19 — Foto: UFV/Divulgação
A cápsula desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) que proporciona maior segurança durante intubação de pacientes com a Covid-19 foi patenteada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a patente é um documento formal, expedido por uma repartição pública, por meio do qual se confere e se reconhece direitos de propriedade e uso exclusivo para uma invenção descrita amplamente.
A cápsula, conforme o documento do INPI, apresenta itens de inovação, por isso, foi patenteado. São eles:
Agora patenteado, o equipamento tem os direitos de propriedade intelectual protegidos durante 20 anos.
Nesse período, a UFV seguirá sendo detentora da exclusividade, sendo necessário requerer à instituição autorização para realizar a fabricação da cápsula.
Segundo a UFV, o “dispositivo de proteção acrílica para uso durante o gerenciamento de vias aéreas em pacientes com coronavírus” foi desenvolvido para que os profissionais tenham menos risco de contaminação durante a intubação orotraqueal, uma das situações mais arriscadas.
A caixa de acrílico criada pela Comissão de Produção de Inovações Tecnológicas para o combate ao Covid-19 tem pelo menos três os diferenciais em relação a outros modelos que vêm sendo utilizados em hospitais brasileiros desde o início da pandemia do coronavírus.
O primeiro deles é o acesso simultâneo a três profissionais, já que dispõe de seis orifícios para introdução dos braços e manuseio dos equipamentos de intubação; as demais dispõem de no máximo quatro.
Outro diferencial, é a presença de um dispositivo para vedação composto por uma válvula e uma manga-íris. Utilizados juntos, os itens também propiciam um ajuste ergonômico e flexível para o profissional lidar com o paciente.
A terceira novidade é o emprego de uma luva descartável de látex de cano longo acoplada ao dispositivo, o que oferece aos profissionais um recurso protetor adicional.
“Minimizar a dispersão de aerossol no decorrer da intubação orotraqueal é fundamental para reduzirmos a probabilidade de contaminação da equipe de saúde, que nessas circunstâncias, mesmo com todos os equipamentos de proteção que já utiliza, fica mais exposta ao contato com o vírus”, explicou a professora do Departamento de Medicina e Enfermagem da UFV, Flávia Diaz.
A equipe responsável pela invenção é composta por pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação em áreas diversas do conhecimento, como, além de medicina e enfermagem, arquitetura e engenharia. São eles: Andreia Guerra Siman, Alexandre Santos Brandão, Flávia Batista Barbosa de Sá Diaz, André Teixeira da Costa, Celso Oliveira Barcelos, Vinícius Resende de Castro, Leonardo Fenyves Ferreira.
Matéria replicada do portal: G1 Zona da Mata