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Cápsula criada na UFV que proporciona maior segurança durante intubação de pacientes com a Covid-19 é patenteada

A patente é um documento formal que confere e reconhece direitos de propriedade e uso exclusivo para uma invenção.

Publicado por: , em 05/04/2021 - Categoria: SAúDE E BEM-ESTAR

Tempo de leitura: 3 minutos

UFV desenvolve equipamento que amplia proteção durante intubação de pacientes com Covid-19 — Foto: UFV/Divulgação

A cápsula desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) que proporciona maior segurança durante intubação de pacientes com a Covid-19 foi patenteada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a patente é um documento formal, expedido por uma repartição pública, por meio do qual se confere e se reconhece direitos de propriedade e uso exclusivo para uma invenção descrita amplamente.

A cápsula, conforme o documento do INPI, apresenta itens de inovação, por isso, foi patenteado. São eles:

  • O número de acessos dos profissionais, vedação regulável com válvulas associadas a mangas íris e luvas de cano longo que aumentam a proteção;
  • tecnologia baseia-se em uma incubadora neonatal;
  • As vantagens são que as vigias laterais permitem acesso de até três profissionais da saúde e o sistema de barreira é totalmente montável e de baixo custo.

Agora patenteado, o equipamento tem os direitos de propriedade intelectual protegidos durante 20 anos.

Nesse período, a UFV seguirá sendo detentora da exclusividade, sendo necessário requerer à instituição autorização para realizar a fabricação da cápsula.

Como funciona?

Segundo a UFV, o “dispositivo de proteção acrílica para uso durante o gerenciamento de vias aéreas em pacientes com coronavírus” foi desenvolvido para que os profissionais tenham menos risco de contaminação durante a intubação orotraqueal, uma das situações mais arriscadas.

A caixa de acrílico criada pela Comissão de Produção de Inovações Tecnológicas para o combate ao Covid-19 tem pelo menos três os diferenciais em relação a outros modelos que vêm sendo utilizados em hospitais brasileiros desde o início da pandemia do coronavírus.

O primeiro deles é o acesso simultâneo a três profissionais, já que dispõe de seis orifícios para introdução dos braços e manuseio dos equipamentos de intubação; as demais dispõem de no máximo quatro.

Outro diferencial, é a presença de um dispositivo para vedação composto por uma válvula e uma manga-íris. Utilizados juntos, os itens também propiciam um ajuste ergonômico e flexível para o profissional lidar com o paciente.

A terceira novidade é o emprego de uma luva descartável de látex de cano longo acoplada ao dispositivo, o que oferece aos profissionais um recurso protetor adicional.

“Minimizar a dispersão de aerossol no decorrer da intubação orotraqueal é fundamental para reduzirmos a probabilidade de contaminação da equipe de saúde, que nessas circunstâncias, mesmo com todos os equipamentos de proteção que já utiliza, fica mais exposta ao contato com o vírus”, explicou a professora do Departamento de Medicina e Enfermagem da UFV, Flávia Diaz.

Criadores

A equipe responsável pela invenção é composta por pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação em áreas diversas do conhecimento, como, além de medicina e enfermagem, arquitetura e engenharia. São eles: Andreia Guerra Siman, Alexandre Santos Brandão, Flávia Batista Barbosa de Sá Diaz, André Teixeira da Costa, Celso Oliveira Barcelos, Vinícius Resende de Castro, Leonardo Fenyves Ferreira.

Matéria replicada do portal: G1 Zona da Mata