Revista Fato

menu Menu

‘Estado está preparado para pico até 15% maior que o previsto’, diz Zema

Governador concedeu entrevista exclusiva à rádio Super 91,7 FM na manhã desta quarta-feira (15)

Publicado por: , em 15/07/2020 - Categoria: MINAS GERAIS

Tempo de leitura: 2 minutos

Foto: Rádio Super Notícia/ O Tempo

Em entrevista exclusiva para a rádio Super 91,7 FM, na manhã desta quarta-feira (15), o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que o Estado está preparado para um pico do coronavírus até 15% maior do que o previsto por especialistas. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerias (SES-MG), o pico ocorreria nesta quarta-feira, mas, de acordo com o governador, trata-se apenas de uma data de referência.

“Mesmo que o pico venha a ser maior que aquele que os especialistas preveem para hoje, o Estado adotou uma medida extra. Nós não vamos andar 100 km e vamos ter gasolina apenas para 100 km, você sempre coloca um pouco mais de combustível no carro. Se o pico for um pouco maior, 5%, 10% ou 15%, a infraestrutura de saúde do Estado vai conseguir absorver esse pico. Agora, se for 50% ou 80% maior, a situação muda por completo”, afirmou Zema.

Durante a entrevista, Zema também pontuou que há cerca de 30 dias o governo de Minas percebeu que o pico da doença não seria mais adiado e continuaria previsto para meados de julho. Apesar dessa estabilização da data, o governador disse que houve tempo para tomar medidas que garantiriam o atendimento médico aos doentes.

“O pico é um modelo teórico, é uma aproximação, não é absoluto. Esse pico teórico estaria sendo exatamente na data de hoje, e, de certa maneira, nós podemos dizer que fomos bem-sucedidos. Porque, se esse pico for amanhã, depois de amanhã ou semana que vem, o nosso sistema de saúde hoje está muito mais fortalecido do que era 90 dias atrás ou 120. O importante é que, postergando esse pico, nós tivemos tempo para concluir mais 1.350 UTIs, mais de 9.000 leitos de enfermaria do Estado, e toda essa estrutura está disponível para que nenhum mineiro fique sem atendimento médico”, disse.

Em relação ao hospital de campanha montado em Belo Horizonte, no Expominas, que foi aberto na última segunda-feira (13) com 30% dos leitos, o chefe do Executivo mineiro destacou que, apesar de ainda não ter recebido nenhum paciente, a unidade funciona como uma forma de apoio em caso de necessidade.

“O hospital de campanha é um estepe ainda. Ninguém que vai fazer uma viagem vai se arriscar a andar com o combustível necessário no tanque ou pneu de reserva. Pode ser que ser que daqui a dez dias nós estejamos com 50 ou 100 leitos do hospital de campanha utilizados. Nós não sabemos. Nós não vamos arriscar deixar pessoas sem atendimento e, até mesmo, vir a óbito. Se for necessário, ele vai ser utilizado, caso não, ótimo. Mas era algo que a gente não poderia ficar sem”, declarou Zema.