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Governo de MG não descarta levar pacientes de BH para interior caso leitos lotem

De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Prefeitura de BH, 91% dos leitos de terapia intensiva destinados a pacientes com coronavírus estão ocupados

Publicado por: , em 07/07/2020 - Categoria: MINAS GERAIS

Tempo de leitura: 3 minutos

João Pinho, chefe de gabinete da SES-MG | Foto: Reprodução

O governo de Minas não descarta poder transportar pacientes com Covid-19 de Belo Horizonte para outras regiões do Estado, caso a capital mineira tenha um esgotamento de leitos. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Prefeitura de BH, 91% dos leitos de terapia intensiva destinados a pacientes com coronavírus estão ocupados, tal como 72% dos leitos de enfermaria. Os números são dessa segunda-feira (6).

“Hoje a gente tem uma ocupação (de leitos de Covid-19) na macrorregião Central superior a 80%. Então, a gente ainda tem uma certa quantidade de leito disponível. Se no futuro a região central vir a ser a região mais afetada, naquele momento a gente sim teria a possibilidade de transporte de pacientes. A gente  tem toda uma rede de transporte seja pelo Samu, transporte terrestre ou transporte aéreo. Então, se necessário, a gente sim levaria pacientes de Belo Horizonte para o interior”, explicou o chefe do gabinete da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), João Pinho, em coletiva virtual realizada na tarde desta terça-feira (7)

De acordo com a pasta, antes da pandemia, Minas Gerais tinha 2.072 leitos de UTI. Após a chegada do coronavírus, esse total passou para 3.351 leitos, um aumento superior a 50%. A maior parte deles foi aberta em hospitais que já possui estrutura de terapia intensifica para facilitar a operação. As regiões com maiores incrementos foram a Centro-Sul, que passou de 64 para142 leitos passou de 64 para 142 e Oeste, de 109 para 221 novos leitos de UTI.

  “A abertura de leitos ela é feita tentando gerar mais autonomia para as regiões então quando a gente abre leito no interior a gente está tentando fazer com que o interior não sobrecarregue Belo Horizonte. Mas o movimento inverso também é possível então se em caso seja necessário a gente fazer essa operação, a gente tem também o hospital de campanha que tá evoluindo em breve a gente deve ter uma quantidade de leitos operantes, então também vai ajudar nesse sentido e a gente fazer todos os remanejamentos que forem necessários para minimizar ao máximo a possibilidade de exaustão de leitos e para tentar fazer com que um paciente não fique sem atendimento, completou João Pinho.

Montante

De acordo com a secretaria de saúde, R$ 1 bilhão já foram destinados do governo de Minas para combate do coronavírus, com a compra de equipamentos de proteção individual, repasse aos municípios e até mesmo respiradores. Ao custo de R$ 60 mil cada respirador, o Estado deve receber até o fim do mês 1047 equipamentos, que segundo a pasta, já vão ser encaminhados diretamente aos hospitais.

Ainda de acordo com a SES-MG, o protocolo de lockdown, ainda em fase de elaboração pelo Estado, deverá se chamar protocolo de “quarentena” e vai conter ações que devem ser seguidas pelo município e pela população para evitar a disseminação do coronavírus. Apesar de algumas regiões já terem esgotamento de leitos, como aconteceu com Ipatinga, no Leste de Minas, o protocolo ainda não será adotado em nenhuma cidade.

“Não queremos ter que lançar mão dessa ferramenta. A gente vai tentar estrutura a rede é o máximo possível, e é importante que a gente tente ainda manter um nível de isolamento adequado. A gente vê por exemplo que quando a gente tem um nível de isolamento adequado a gente tem uma diminuição expressiva da necessidade de internação para trauma. Quando as pessoas estão mais em casa, a gente tem uma necessidade de internação por trauma menor, daí a gente tem menos atropelamentos, a gente tem menos necessidade cirúrgica nesse sentido então isso também nos dá um pouco mais de margem para internação não só de coronavírus mas das outras enfermidades”, explicou João Pinho.

Matéria replicada do portal O Tempo