Publicado por: Revista Fato, em 15/04/2021 - Categoria: SAúDE E BEM-ESTAR
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O Regen-Cov, da empresa americana Regeneron, que oferece 76% de proteção contra os sintomas da doença e reduz em 81% o risco de contaminação de quem mora com um infectado, poderá ser liberado pela Anvisa nas próximas semanas.
Composto por dois anticorpos, o tratamento custa 2 mil dólares, cerca de 11,5 mil reais.
O produto formado pelos anticorpos monoclonais casirivimab e imdevimab, produzidos em laboratório, é aplicado em dose única por meio de uma injeção.
Ele se mostrou eficaz para evitar a progressão da Covid-19 e também prevenir o contágio de pessoas que moram com alguém infectado.
É o que indicam os resultados de dois testes realizados pelo fabricante em parceria com o NIAID (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA).
No primeiro deles, 204 pessoas que tinham acabado de ser diagnosticadas com Covid-19, mas estavam assintomáticas, foram divididas em dois grupos (controle e placebo).
Entre aquelas que tomaram o remédio, houve 76% menos casos de progressão para Covid sintomática, três dias após a aplicação do medicamento.
Entre os pacientes que tiveram sintomas, eles duraram 45% menos tempo – e houve redução total, de 100%, nos casos de internação pela doença.
O segundo teste envolveu 1.505 voluntários, que não tinham coronavírus – mas moravam com pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2. Eles foram divividos em dois grupos: metade recebeu o Regen-Cov e a outra metade placebo.
No grupo que tomou o remédio, houve 72% menos casos de infecção pelo Sars-CoV-2 uma semana após a aplicação do medicamento. Essa proteção cresceu para 93% nas semanas seguintes, e se estabilizou em 81% após um mês.
1,6% dos voluntários tiveram efeitos colaterais, como náusea, vômitos, febre, calafrios e obstrução intestinal – mas isso só ocorreu quando o medicamento foi aplicado em doses altas, de 2.400 mg ou 8.000 mg.
A dose padrão, que se mostrou eficaz, é 1.200 mg.
O Regen-Cov obteve autorização emergencial da FDA em fevereiro de 2021.
Ele é aplicado por meio de injeção subcutânea, e custa US$ 2 mil nos Estados Unidos.
No Brasil, a Anvisa tem até dia 1 de maio para emitir um parecer sobre o uso emergencial. Lembrando, que o medicamento é um complemento para o tratamento e não elimina a imunização pelas vacinas.
Matéria replicada do portal: SÓ NOTÍCIA BOA