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Comissão alemã não recomenda vacina de Oxford para pessoas com mais de 65 anos

Publicado por: , em 28/01/2021 - Categoria: SAúDE E BEM-ESTAR

Tempo de leitura: 2 minutos

Doses de vacina Oxford/AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)  | Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO.

A comissão de vacinas da Alemanha (conhecida como Stiko) recomendou que o imunizante contra o coronavírus desenvolvido pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford não seja administrado a pessoas com 65 ano ou mais, disse o Ministério do Interior alemão nesta quinta-feira (29) em um comunicado.

“A vacina da AstraZeneca, ao contrário das vacinas de MRNA, deve ser oferecida somente a pessoas com idades entre 18 e 64 anos em cada etapa”, acrescentou. A avaliação do Stiko teve como base os mesmos dados de testes publicados pela revista médica The Lancet em 8 de dezembro.

No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ficará responsável pela produção e distribuição do imunizante. Na última semana, um lote de 2 milhões de doses foi importado da Índia e repartido para os estados brasileiros.

Procurada pela agência Reuters, a AstraZeneca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A CNN entrou em contato com a Fiocruz, que ainda não se manifestou e aguarda por um comunicado oficial da farmacêutica.

Na segunda-feira (25), a farmacêutica negou que sua vacina seja pouco eficaz em pessoas com mais de 65 anos, depois de reportagens na mídia alemã afirmarem que autoridades temem que a vacina possa não ser aprovada na Europa para uso em idosos.

O Ministério da Saúde da Alemanha disse que das 341 pessoas vacinadas no grupo com 65 anos ou mais, somente uma se infectou com o coronavírus, o que significa que o painel de especialistas em vacinas não foi capaz de derivar uma declaração estatisticamente significativa.

O presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que a farmacêutica tem menos dados sobre os idosos do que outras fabricantes porque começou a vacinar os mais velhos depois.

“Mas temos dados fortes que mostram uma produção forte de anticorpos contra o vírus nos idosos, similar ao que vimos nos mais jovens”, disse ele em entrevista ao jornal Die Welt nesta semana.

 

 

Matéria: CNN BRASIL .