Revista Fato

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Foto: Arquivo Pessoal

A adolescência é um dos períodos mais difíceis de atravessar tanto para o adolescente quanto para os pais, e cada adolescente vai reagir de uma forma às mudanças.
Nem sempre é possível descobrir prontamente um comportamento desses, já que, na maioria dos casos, a pessoa faz de tudo para esconder qualquer vestígio. Uma das grandes angústias de pais de adolescentes que passam por isso é justamente o fato de sentirem que deveriam ter percebido antes algum indício.

A automutilação, também conhecida como “cutting”, é uma prática muito frequente que tem aumentado entre os adolescentes nos últimos tempos, com predominância maior no sexo feminino, onde a pessoa agride intencionalmente o próprio corpo. É um distúrbio emocional que requer atenção e cuidado!

Observe seus filhos(as), é muito importante. Mudanças aparentemente sutis no comportamento podem significar muito. Se o(a) jovem anda cobrindo ou “escondendo” os pulsos, braços e pernas, usando casacos e mangas longas mesmo nos dias de calor, fique atento.

Foto: Arquivo Pessoal

O diálogo é fundamental nessa fase e deve ser construído mesmo que o adolescente pareça estar saudável. Você pode fazer perguntas diretas, dizendo que percebeu arranhões ou outros sinais. Mas use um tom acolhedor e demonstre empatia pelas dores dele. Não grite nem brigue. Também não faça chantagens emocionais. É importante que o adolescente sinta que exista amor e preocupação por ele.

Tente descobrir as razões que levaram seu filho a cometer o comportamento de cutting. Isso é importante para você ficar atento a nova ocorrência dessas questões. Não o force a falar, se perceber alguma resistência. Mas tente deixar um espaço para que ele se sinta à vontade.

Contar com a ajuda de um profissional capacitado para ajudar vocês a passar por isso é fundamental. Procure um psicólogo para começar um tratamento. A automutilação na adolescência deve ser levada a sério!!!

Marcela Corbelli

Graduada em Psicologia; Atua na clínica em Ubá há cerca de 13 anos. É Pós graduada em Gestão de Pessoas e Psicanálise com crianças e adolescentes (em andamento).
É Casada e mamãe de três filhos (Lorena, Otávio e Lívia).