Revista Fato

menu Menu

Familiar de óbito em investigação por suspeita de Covid-19 em Ubá conversa com a equipe de reportagem da Revista Fato!

Publicado por: , em 27/04/2020 - Categoria: CIDADE

Tempo de leitura: 4 minutos

Declaração cedida por familiar do óbito em investigação divulgado nesta segunda-feira (27) à equipe de reportagem da Revista Fato!

Após a repercussão ocorrida com as informações contidas no Boletim Epidemiológico de nº 44 publicado nesta segunda-feira (27) acerca do primeiro óbito em investigação em Ubá, testado por suspeita de Covid-19, a equipe de reportagem da Revista Fato! apurou informações mais detalhadas acerca do caso.

Em contato direto com uma das filhas do homem que veio a óbito nesta segunda-feira (27), cujo caso é investigado, ela relatou que seu pai já era debilitado e que tinha muitos problemas de saúde. “Ele era fumante, tinha problemas renais e também era diabético” esclareceu.

Ela ainda pontuou que há dois anos o seu pai lutava contra as comorbidades citadas acima. “Ele não saía de casa pra nada”, alegou e ainda ressaltou que nos últimos dias seu pai não teve contato com ninguém doente.

Em declaração, ela também afirmou que não há ninguém doente na família, nem mesmo com sintomas. “Meu pai estava com pneumonia e realmente muito debilitado. Esperamos que logo seja esclarecido que não é Covid-19”.

Reafirmamos que essa declaração foi feita por uma das filhas do senhor que faleceu. Consta no corpo da matéria uma imagem do relato da mesma para conhecimento de todos. A comunicação entre nossa equipe de reportagem e a fonte deste conteúdo ocorreu através de uma rede social.

Declaramos ainda que a Secretaria Municipal de Saúde de Ubá aguarda o resultado da testagem e que o conteúdo divulgado acerca da Covid-19 em nossos canais de comunicação está totalmente alinhado com os boletins epidemiológicos enviados pela Prefeitura de Ubá diariamente.

Cabe ainda frisar que temos a responsabilidade social em informar um assunto de total utilidade pública à população e que, em alguma das vezes, a ausência de dados é recorrente a falta de informação que não nos é passada.

Para preservar a família do óbito, não publicaremos nomes, tão pouco, iniciais dos mesmos.

____________________________________________________________

PARA CONHECIMENTO – NOTA DIVULGADA PELA PREFEITURA DE UBÁ NO BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DESTA SEGUNDA-FEIRA (27) ACERCA DO ÓBITO EM INVESTIGAÇÃO

Ubá registra nesta segunda-feira (27/04) o primeiro caso de óbito por suspeita de COVID-19. Trata-se de paciente do sexo masculino, de 56 anos, morador do bairro São João, que estava internado em estado grave desde 24 de abril. O paciente era diabético e apresentou os primeiros sintomas no dia 19. Foi internado e entubado, já em estado grave, apresentando febre, dispneia, desconforto respiratório, diarreia. O material para exame foi colhido e enviado para a FUNED.

____________________________________________________________

Informe-se sobre casos assintomáticos durante período de pandemia

O portal Viva Bem Uol publicou uma matéria no dia 2 de Abril alertando para o casos assintomáticos, ou seja, pessoas que não apresentam sintomas relacionados a Covid-19 durante esse período de Pandemia.

De acordo com informações divulgadas os casos assintomáticos são vetores importantes no contágio do novo coronavírus.

Para Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz, os casos assintomáticos não estão isentos de perigo em meio à pandemia. “Parece que os assintomáticos excretam uma quantidade menor de vírus. No entanto, foi publicado um estudo relatando que vários assintomáticos têm carga viral bastante alta, e que teriam um papel importante na transmissibilidade”, disse.

Para ela, o cenário do novo coronavírus é diferente do apresentado anteriormente por vírus semelhantes, como ocorreu com a Sars, em 2003. E ele pode ter vindo para ficar — e para infectar todo mundo.

“Quando esse coronavírus começou a circular, tínhamos a esperança de que pudesse ser como o da Sars de 2003, que desapareceu. Sars significa um vírus da família coronavírus que causa uma síndrome respiratória aguda grave. Tivemos esse vírus da mesma família circulando na Ásia e no Canadá, em 2003. Mas depois de alguns meses, deixou de circular”, lembrou.

“Agora, logo no início, em 2020, tinha uma esperança de que o novo coronavírus ia ficar na China e não ia se espalhar. Na realidade, está com uma apresentação totalmente diferente. Muito provavelmente chegou para ficar. Todos vamos nos infectar, mas a questão é quando”, acrescentou.

“Uma questão importante é o ministério (da Saúde) falando de ficar em casa, pelo achatamento da curva. Para os grupos de mais riscos, podemos não nos infectar esse ano, ninguém sabe como vai ser a sazonalidade dele, se vai ser sempre na mesma época do ano ou se vai ser pingadinho, sempre circulando. O importante é o avanço científico para que consigamos rápido — em um ano, um ano e meio — a vacina para protegermos a população” completou.