Publicado por: Revista Fato, em 01/07/2020 - Categoria: MINAS GERAIS
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Dezesseis famílias, ao todo, devem ser retiradas de suas casas em Itabirito e Ouro Preto, cidades da região Central do Estado, após a ampliação da área de risco das barragens da Vale. As remoções começaram na manhã desta quarta-feira (1º).
As famílias vivem em áreas rurais que ficam de 30 minutos a uma hora do centro de Itabirito. O deslocamento é feito por estrada de terra.
“Houve um novo estudo de uma mancha de dam break. Esse novo estudo aumentou a área de inundação e a legislação é muito impositiva. Essas barragens da Forquilha, em que as manchas de inundação, em um possível rompimento, carreia para esses locais. Então, com a barragem em nível 3 as pessoas precisam ser evacuadas”, explicou o coordenador adjunto da Defesa Civil de Minas, tenente-coronel Flávio Godinho.
Até o fim da manhã, cinco famílias, totalizando 17 pessoas foram retiradas de casas. Dessas, sete foram para hotéis em Itabirito e Congonhas, seis para casa de parentes e quatro para outras residências próprias.
Atualmente, Forquilha I e III estão em nível 3. Forquilha II está em nível 2 e IV em nível I. Além das equipes do órgão, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Ministério Público e funcionários da Vale acompanham as retiradas dos moradores.
A princípio, as famílias retiram documentos e roupas. Posteriormente, um caminhão de mudança pago pela Vale vai recolher móveis, eletrodomésticos e outros objetos. Animais também serão recolhidos.
“Não houve nenhuma notificação da Vale de mudança na leitura de segurança da barragem. Simplesmente, um novo estudo que aumentou essa mancha e casas que antes não estavam na mancha agora estão. Antigamente, nós tínhamos uma mancha que era Forquilha I, II e IV. Essas três barragens formavam uma mancha de inundação. O Ministério Público determinou que Forquilha III também entrasse nesse estudo e fizesse uma situação hipotética do rompimento de todas as barragens ao menos tempo. De uma forma conservadora. Por isso, com essas quatro barragens rompendo ao mesmo tempo, aumenta a mancha de inundação. Volto a dizer, não estamos falando aqui que a barragem vai romper ou está com alguma anomalia que mudou a característica dela de um ano atrás. Essa barragem tem um ano que permanece no nível 3”, detalhou o tenente-coronel.
Além de equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e funcionários da mineradora acompanham os trabalhos. Equipes de saúde foram empenhadas e verificam se algum morador tem sintomas de coronavírus antes que as famílias sejam levadas para hotéis.
As barragens Forquilha I e Forquilha III estão em risco iminente de rompimento. Já a II apresenta apresenta problemas na estrutura, e é necessária a retirada imediata da população. A Forquilha IV está em nível 1, sem risco iminente de rompimento.
Matéria replicada do portal O Tempo