Revista Fato

menu Menu

Pazuello muda de tom e diz que vacinação contra Covid-19 pode começar em dezembro ou janeiro

Em entrevista à CNN Brasil, ministro da Saúde falou sobre cronograma hipotético com doses da Pfizer, mas ressaltou que governo ainda não fechou contrato

Publicado por: , em 09/12/2020 - Categoria: SAúDE E BEM-ESTAR

Tempo de leitura: 2 minutos

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello | Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

BRASÍLIA — O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou, nesta quarta-feira (9), que a vacinação contra Covid-19 pode começar em dezembro ou janeiro. Em entrevista à CNN Brasil, Pazuello afirmou que será primeiro necessário fechar o contrato do governo com a Pfizer, ainda em negociação, depois a farmacêutica precisa obter registro para uso emergencial e ainda conseguir adiantar a entrega de sua vacina candidata contra o novo coronavírus. Segundo ele, 500 mil doses da vacina da Pfizer serão entregues em janeiro.

“Se a Pfizer conseguir a autorização emergencial e a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso (o início da vacinação) pode acontecer no final de dezembro ou em janeiro. Isso em quantidades pequenas, de uso emergencial”, afirmou Pazuello na entrevista. “Isso pode acontecer com a Pfizer, com o Butantan (referindo-se à vacina CoronaVac), com AstraZeneca (referindo-se à vacina de Oxford), mas é foro íntimo da desenvolvedora, não é uma campanha de vacinação.”

Em pronunciamento na terça-feira, o ministro já havia dito que a previsão era para que as primeiras doses da vacina da Pfizer chegassem ao Brasil em janeiro. No plano preliminar apresentado na semana passada, a campanha começaria em março com grupos específicos.

Na entrevista, o ministro ressaltou que o uso dessas doses da Pfizer em breve seria possível com autorização emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O registro em si é um procedimento mais demorado, que pode levar 60 dias.

Pazuello destacou que o contrato do governo federal com a Pfizer, para comprar 70 milhões de doses, está sendo negociado ao destacar que falava em “hipótese” ao tratar do início da vacinação em breve. “O ‘se’ é porque o contrato está sendo fechado”, enfatizou.

O ministro afirmou que, além da possibilidade de autorização de uso emergencial, a Anvisa analisará os pedidos de registro que chegarem, de forma que o país já deverá ter doses entregues quando o aval definitivo for dado.

“Isso (conclusão da fase 3 de estudos) deve acontecer final de dezembro e o início da avaliação da Anvisa, que na primeira oportunidade vai apresentar o registro. Se esse registro chegar para nós em janeiro, já teremos doses da Pfizer e da Astrazeneca entregues. Se o Butantan já tiver o registro, teremos a do Butantan também”, afirmou o ministro.

Segundo Pazuello, o Ministério da Saúde está fechando acordos para viabilizar a logística da distribuição de vacinas.

” Hoje estamos fechando a malha de distribuição com os acordos com as companhias aéreas, a partir daí os estados recebem, entram nas suas etapas, fazem a ações nas capitais e fazem a distribuição para o interior, até os municípios, que executam efetivamente a vacinação”, disse.

Matéria replicada do portal O GLOBO